Como no artigo anterior, vou começar esse texto com algumas palavras de Bert Hellinger: “Nossos pais não nos dão somente a vida. Eles também nos nutrem, educam, protegem, cuidam de nós, dão-nos um lar. E é adequado que tomemos tudo isso tal como recebemos deles. Então lhes dizemos: “Eu tomo tudo – com amor”. Essa é a forma de tomar que equilibra ao mesmo tempo, porque os pais se sentem apreciados e respeitados e dão com mais prazer.”
Mas aí nós crescemos, nos tornamos adultos, tomamos a nossa estrada, buscamos nos desenvolver e construir a nossa estória de vida, e o que os nossos pais e a nossa relação com eles têm a ver com isso? Tudo, tem tudo a ver sim.
Quando tomamos verdadeiramente nossos pais, somos capazes de caminhar para a amplitude, de mãos dadas com nossos pais, e encontrar prosperidade no trabalho, que tem a face de nossa mãe. Se estamos bem e alinhados com eles, ficamos bem e alinhados com as representações deles no mundo.
Sim, o seu sucesso ou o seu fracasso na vida tem tudo a ver com a sua relação com os seus pais.
Como dizia Bert Hellinger: “Onde começa nosso sucesso? Começa com a nossa Mãe.”
Nosso primeiro movimento de sucesso na vida é em relação a nossa mãe. É através dela que chegamos ao nosso primeiro alimento, o leite. É através dela que vivenciamos nosso primeiro sucesso: nos alimentar e nos manter vivos. Esse processo é ativo. Precisamos sugar para podermos nos alimentar do leite em seu peito. Ela nos dá o acesso e nós fazemos a nossa parte.
Dessa forma, quando aceitamos a mãe, aceitamos o fluxo da vida que chega até nós. E então só nos cabe o movimento de alcançar aquilo que está a nossa disposição. Este é um movimento ativo. Quando por algum motivo esse movimento de acesso à mãe é interrompido, é possível que o filho ou filha encontre alguma dificuldade no seu desenvolvimento futuro e lhe seja difícil receber aquilo que a vida lhe oferece.
Isso porque em sua vida adulta, essa interrupção de movimento se torna um fantasma que aparece em cada passo decisivo em sua vida. O medo de vivenciar aquilo que sentimos quando crianças nos segura em momentos em que o próximo passo é essencial. Assim como na nossa primeira alimentação, o sucesso na vida é ativo e depende da nossa participação.
Imaginem a força de tomar aquela que é a fonte da sua vida? Não é que de uma hora para outra passamos a viver num mundo cor de rosa, sem defeitos. Mas crescemos na nossa capacidade de lidar com a realidade e todas as condições imutáveis que ela nos propõe.
E de todos os presentes que a vida nos dá, nossa mãe é o maior deles.
Pense bem: em quantas outras relações é possível experimentar a profundidade e o valor presente na nossa relação com essa mulher?
Mesmo os desafios que surgem neste relacionamento são tão profundos que, se aceitarmos verdadeiramente aprender com eles e tomá-los como nossos, podemos descobrir um belo baú de ouro do outro lado do arco-íris.
Esse é um tesouro que terá, sem dúvida, a face de nossa mãe.
No próximo artigo vamos falar da importância e influência na nossa relação com o nosso pai.
Até lá!
PS. Alguns trechos desse texto foram tirados do Blog Ipê Roxo.
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